12o dia: Ushuaia - dia de chuva...frio..

Não fizemos nada hoje, não há nem o que postar quase.

Fiquei o dia todo no hotel. Chovia, chovia, chovia...fazia frio...cidade parada. Acho que era domingo.

Porém, consegui fazer algo importante. Entrei no site de uma empresa de Punta Arenas (Chile - a próxima que iremos visitar) e perguntei se tinham pneus para a moto. É uma empresa de aluguel de motos para viagens. E não só tem pneus como o cara respondeu em alguns minutos, dizendo que estava em Uhsuaia. Maravilha...20 minutos depois chegou ao hotel e comprei pneus novos. Pouco tempo depois voltou e instalamos num borracheiro.

Essa história de instalar os pneus foi engraçada. O cara combinou de chegar entre 5 e 6 da tarde no hotel para irmos a uma borracharia. Deu 6 horas e nada...então liguei para um recém amigo, o Maurício, de um grupo de motociclistas daqui de Uhsuaia, o Latitud 54, o grupo mais ao sul do mundo. Ele não só indicou uma borracharia como mora na mesma rua do hotel e veio em minutos para me ajudar a encontrar uma borracharia,

Motociclistas no mundo todo são assim eu acho. Sempre dispostos a ajudar um colega, em especial s estiver em viagem. Acredita que o cara saiu de casa com 10 graus na tarde de um domingo para achar uma borracharia aberta?

E subi correndo para pegar o capacete (a mer..do quarto é no 3o andar, então leva tempo para subir e descer com esse pé bom que tenho).

Quando chego lá embaixo tinha o que? 2 vans esperando, uma do Maurício (motociclista local amigo) e outra do cara que vendeu os pneus. Pois bem, fomos os 3 procurar borracharia. Achamos.
Era de um argentino. Ele terminava de atender um carro e não queria nos atender, porque não mexe com moto. Mas o cara que me vendeu o pneu falou que não tinha problema, pois ele ajudaria o borracheiro...

Situação posta, alocamos a moto do lado de fora e o tempo estava fechado. Depois de um p. trabalho desmontamos a roda da frente e trocamos o pneu. Em seguida, começa a chover. Então falei...vamos colocar a moto debaixo da cobertura da borracharia neh... Quando fomos colocar o borracheiro falou que não, pois ali precisava estar livre para os clientes...

Bem, quem me conhece sabe que medir palavras é um dom que não tenho ou que nunca foi desenvolvido. Em outros idiomas mais ainda... aí perguntei pro borracheiro... y se vamos pagar porque no podemos poder la moto en la coberbura? llove ahora...y se voy pagarlo tengo quiero entrar... no nos quedaremos aquui en la lluvia.

Bem, não entramos na borracharia, mas o fdp arrumou um espaço debaixo da cobertura e não tomamos chuva. O cara que vendera os pneus é espanhol e mora no Chile e há 2 minutos havia comentado sem qualquer preconceito que não gostava muito de argentino.... pois bem, está ali a prova.

Tiramos a roda de trás e para recolocar foi foda... mas entrou.

Os japa da Yamaha complicam bastante, é tudo bem apertado. Mas eficiente.

Pneus instalados, trocados, vamos embora. Antes disso, el pago para el argentino.... y el no quisiera aceptarlo. Quiza tenga usado su cerebro y comprendido mejor que no podria dejarnos en la lluvia.

Bueno, pneus instalados!!!

Volta pro hotel e cama!

Ah...não, fomos jantar! Tá foda a memória ein...é que deste dia até hoje quando escrevo o post muita coisa aconteceu. Vocês verão.

Fomos ao Lapataia, um parque onde é o fim da ruta 3. Olhem as fotos! Fazia 7 graus... fodíssimo.

Assim que chegamos fomos comer o tal do carneiro! Eu, Roberto, Edgard e a esposa, Margarida. (acertei?)

O restaurante tinha mais brasileiro que argentino/chileno/outros... metade motociclista. Tinha gaucho, os caras do Mato Grosso que vimos na rodovia, paulista, de tudo...

Depois de comer aí sim, cama!